As incorporadoras de baixa renda ligadas ao Minha Casa Minha Vida registraram vendas líquidas de R$ 7,2 bilhões. 

As incorporadoras listadas na Bolsa que atuam no programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) apresentaram recordes de vendas no segundo trimestre. 

Juntas, Cury, Direcional, MRV e Plano & Plano registraram vendas líquidas de R$ 7,2 bilhões no segundo trimestre de 2024, um aumento de +33,4% em relação ao mesmo período de 2023, segundo o Broadcast. 

Vendas da MRV atingem recorde de R$ 2,5 bi 

Apenas a MRV, que é a nossa preferência entre as incorporadoras, totalizou R$ 2,5 bilhões em vendas no segundo trimestre, um incremento de +14% na comparação com o mesmo período do ano anterior.  

Minha Casa Minha Vida volta a impulsionar ações de construtoras 

Desde que o atual governo tomou posse, o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) sofreu diversas melhorias e incrementos. A moradia popular foi uma das principais bandeiras do presidente Lula nas eleições e tem cumprido com as suas promessas para o setor.  

A média de investimentos em programas habitacionais, entre 2009 e 2018, foi de R$ 11,3 bilhões anuais. Após este período, os valores diminuíram significativamente e, em 2022, a verba destinada ao programa foi de apenas R$ 871 milhões. Para 2024, a verba orçada foi de quase R$ 14 bilhões. 

O governo anunciou que a meta é contratar 2 milhões de novas moradias no programa até 2026, o que representa uma média anual de 500 mil unidades, consideravelmente superior às 270 mil unidades contratadas em 2022. 

Conselho do FGTS aumenta subsídio Minha Casa Minha Vida 

No ano passado, o conselho do FGTS aumentou o subsídio, reduziu o juro e elevou o teto do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). Além disso, o orçamento para financiamento habitacional foi elevado em 42%, passando de R$ 68 bilhões para R$ 97 bilhões.  

Lula disse que quer ampliar o programa para famílias com renda mensal de até R$ 12 mil. O preço teto dos imóveis pode ser elevado para algo entre R$ 500 e R$ 600 mil. 

Outros incentivos do governo no setor habitacional 

Em 2024, o governo também reduziu os impostos (RET 4% para 1%) e liberou o uso de recursos depositados no FGTS para comprovar a renda na aquisição de imóveis, o que aumenta o poder de compra dos participantes do programa. 

Programa habitacional Pode Entrar 

Além dos incentivos federais, diversos estados estão criando seus próprios programas habitacionais, que se somam ao MCMV. O Pode Entrar, programa do Estado de São Paulo, prevê a contratação de 40 mil apartamentos, com um orçamento de R$ 8 bilhões. 

Correção do FGTS pela inflação 

Vale destacar que, recentemente, o STF decidiu que os recursos depositados no FGTS devem ser corrigidos, no mínimo, pelo IPCA (principal índice de inflação do país). 

Dessa forma, eliminou-se o risco de que o índice de correção pudesse ser a poupança (que está em 6,17% a.a.), o que poderia inviabilizar o financiamento do Minha Casa Minha Vida, uma vez que o programa habitacional empresta a taxas que variam entre 4% e 8% ao ano. A meta de inflação do Banco Central atualmente é de 3% a.a. 

Como consequência desse cenário setorial extremamente positivo, as incorporadoras que atuam no segmento do Minha Casa Minha Vida têm se beneficiado significativamente dos ventos favoráveis e estão entregando vendas recordes nos últimos trimestres. 

Quais construtoras listadas participam do programa Minha Casa Minha Vida? 

Qual a melhor ação de construtora? 

A MRV tem como objetivo entregar R$ 10 bilhões de receitas e R$ 1,5 bilhão de lucro no médio prazo. Considerando apenas o desempenho do segmento de Incorporação no Brasil anualizado, a companhia já alcançou o patamar de R$ 10 bilhões em receita, uma vez que a margem bruta das novas vendas está acima da média histórica há alguns trimestres (forte alta dos preços e inflação de custos sob controle). 

É uma questão de tempo para que os empreendimentos vendidos agora passem pelo balanço (pode levar até dois anos, dependendo da velocidade das obras) e para que os resultados apareçam no DRE da empresa. 

O mercado está bastante pessimista em relação à empresa devido ao cenário macroeconômico negativo (especialmente em relação aos gastos públicos) e não consegue enxergar a grande visibilidade que temos de uma melhoria significativa nos resultados. 

Considerando a entrega do guidance, a MRV tem potencial para valer 6 vezes mais do que está valendo hoje, sem levar em conta a contribuição vinda das subsidiárias, Resia, Luggo e Urba. 

Apesar de sabermos que a ação depende de uma melhora no humor do mercado para "andar" no curto prazo, continuamos enxergando uma excelente oportunidade em MRVE3 no NORD 10X. 

Perguntas frequentes 

Como funciona o programa Minha Casa, Minha Vida? 

O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) é uma iniciativa do governo brasileiro destinada a facilitar o acesso à moradia para famílias de baixa renda. Ele oferece subsídios e condições de financiamento facilitadas para a aquisição de imóveis. 

O programa é dividido em faixas de renda, que determinam o nível de subsídio e as condições de financiamento disponíveis. As famílias com renda mais baixa recebem maiores subsídios e melhores condições de pagamento. As habitações podem ser casas ou apartamentos, e o programa é implementado em parceria com estados, municípios e a iniciativa privada. 

Como faço para conseguir Minha Casa, Minha Vida? 

Para se inscrever no programa Minha Casa, Minha Vida, siga os passos abaixo: 

1. Verifique a sua renda: Certifique-se de que sua renda familiar se enquadra em uma das faixas estabelecidas pelo programa. 

2. Documentação: Reúna os documentos necessários, como RG, CPF, comprovante de renda e comprovante de residência. 

3. Inscrição: Dirija-se a uma agência da Caixa Econômica Federal ou a uma instituição financeira parceira para fazer a inscrição. Algumas prefeituras também realizam inscrições diretamente. 

4. Aguarde a seleção: A seleção dos beneficiários é feita com base na renda e nas condições de vulnerabilidade social. Caso seja selecionado, você será informado pela instituição responsável. 

5. Assinatura do contrato: Após a seleção, você será chamado para assinar o contrato de financiamento e, posteriormente, receberá as chaves do imóvel. 

Como se enquadrar no Minha Casa, Minha Vida? 

Para se enquadrar no Minha Casa, Minha Vida, é necessário atender aos seguintes critérios: 

1. Faixas de renda: O programa é dividido em faixas de renda que variam de acordo com a região e a política vigente. Normalmente, contempla famílias com renda bruta mensal de até R$ 8.000. 

2. Documentação: Apresentar todos os documentos exigidos, como identidade, CPF, comprovante de renda e comprovante de residência. 

3. Não ter imóvel: Não possuir outro imóvel residencial em seu nome. 

4. Condições de vulnerabilidade: Ser selecionado com base em critérios de vulnerabilidade social e econômica. 

Quem tem direito ao programa Minha Casa, Minha Vida? 

O programa Minha Casa, Minha Vida é destinado a famílias que atendem aos seguintes critérios: 

1. Renda familiar: Famílias com renda bruta mensal de até R$ 8.000. 

2. Não possuir imóvel: Não ter propriedade de imóvel residencial em seu nome. 

3. Residir no Brasil: Ser residente no Brasil. 

4. Documentação: Apresentar toda a documentação necessária, como RG, CPF, comprovante de renda e de residência. 

Qual o valor de entrada do Minha Casa, Minha Vida? 

O valor de entrada no programa Minha Casa, Minha Vida varia de acordo com a renda da família e o valor do imóvel. Para famílias de renda mais baixa, especialmente na Faixa 1 (renda mensal bruta até R$ 2.640,00), o valor de entrada pode ser muito reduzido devido aos subsídios oferecidos pelo governo.  

Para as demais faixas, o valor de entrada é negociado no contrato de financiamento, podendo variar conforme a renda familiar e o valor total do imóvel. É importante consultar a Caixa Econômica Federal ou outra instituição financeira parceira para obter informações específicas sobre a sua situação. 

Fonte: Nord Investimento